OS TRES MOSQUETEIROS
A história começa em
uma pequena cidade, em Gasconha, um jovem gascão tinha um pai que já foi uma
vez um excelente Mosqueteiro e ele tinha o mesmo sonho, um grande sonho na
verdade, pois era difícil conseguir ser um mosqueteiro. O pai dele então fez
uma carta para um velho amigo de aventuras (para que isso pudesse ajudar na hora
de o jovem virar um mosqueteiro) O Sr. Tréville.
Mas no caminho para
Paris a carta que o jovem D’Artagnan tinha, foi roubada, mas ele não desiste e
continua o caminho. Ao chegar a Paris ele arruma três duelos, com os três
melhores mosqueteiros e assim começa toda a aventura dele naquele lugar. Mas
existia um Cardeal Richelieu, ele estava quase acima do próprio rei Luís XIII,
os soldados do Cardeal quase sempre arranjavam brigas com os mosqueteiros do
rei, e é óbvio ele fazia a cabeça do rei, pois o rei era jovem.
Em um belo dia a rainha
foi acusada pelo Cardeal, mas ele só falou ao rei, dizendo que a rainha tinha
um amante, um duque, o rei acreditou, mas ele também não sabia que o Duque era
parente da rainha. O Cardeal afirmou também que ela havia dado o presente do
rei a ela para o Duque. O Richelieu deu ao rei a idéia de realizar um baile e
naquele dia a rainha seria testada. Então o rei decidiu fazer isso mesmo, e foi
até o quarto da rainha e avisou que teria o baile e pediu para que ela
estivesse com o colar mais precioso de diamantes (o colar do rei a ela), ela ao
ouvir isso ficou pasma e sem reação. Essa tarefa de buscar o colar em pouco
tempo só havia uma pessoa que poderia fazer isso, o D’Artagnan. E foi ele
mesmo, e foi até Londres para buscar o colar em pouco tempo acompanhado dos
seus novos amigos os três mosqueteiros. Afinal eles conseguiram ou não? Eles
conseguiram, mas o prazo estava curtíssimo.
Quando chegou o baile,
a rainha chegou sem nenhum colar e o rei ficou amarelado, já o cardeal ficou totalmente
feliz. A rainha chega perto do rei e ele pergunta onde estava o colar, e ela
disse que ia buscá-lo. Depois de um tempo ela volta de colar e Richelieu fica
totalmente enfurecido. Então o rei deixa de confiar tanto no cardeal.
Tempos depois, D’Artagnan
descobre que uma das aliadas do Cardeal, já tinha sido presa, pois tinha
cometido crimes terríveis. O jovem conta para o Cardeal e o Cardeal mais que
satisfeito o realiza o sonho dele (de ser mosqueteiro) o transforma tenente dos
mosqueteiros.
PEDRO MALARZATES EM :OS PORCOS DO COMPRADE
De outra feita Malasartes
Aprontou bela trapaça.
Foram os porcos do compadre
Que causaram toda a graça.
Malasartes era compadre
De um honesto sitiante,
A quem tinham enganado
De uma forma humilhante.
Certa vez um fazendeiro,
Desonesto e pão duro,
Enganou o tal compadre,
Que ficou num grande apuro.
O compadre tinha porcos,
Eram vinte ou pouco mais.
O pão-duro comprou todos,
Porém não pagou jamais.
—Malasarte, ai me acuda!
Ele nunca vai pagar!
—Fique calmo, meu compadre.
Eu sei como te vingar!
Malasartes,muito humilde,
Foi à casa do danado.
Pediu pra vender os porcos
E foi logo empregado.
Malasartes fez que foi
Para os lados do mercado.
Mas foi mesmo para a casa
Do compadre aperreado.
—Pegue logo, tudo é seu.
Vou agora preparar
Para esse fazendeiro
A lição mais exemplar.
Em seguida, no mercado,
Tratou logo de comprar
Duas dúzias de rabinhos
Pro pão-duro engambelar.
A cem metros da fazenda,
Para onde foi ligeiro,
Os rabinhos espetou
Bem certinho no atoleiro.
Correu pra fazenda, aflito:
—Oh, patrão, vem cá ligeiro!
Os seus porcos se afundaram
Bem no meio do atoleiro!
—Que desgraça, meus porquinhos?
O atoleiro é muito fundo.
Venha, Pedro, me ajudar.
Chama logo todo mundo!
—há tempo, meu patrão.
Temos de nos apressar.
Pois se a gente perder tempo,
Vão os porcos se afogar!
Bem nervoso o fazendeiro
Correu com o Pedro atrás:
—Me ajude a puxar os porcos,
vamos, força, meu rapaz!
— Meu patrão, tenha cuidado!
Sua força é demais,
Pois está arrancando os rabos
Desses pobres animais!
Pra salvar os tais porquinhos,
O patrão se esforçava:
Quanto mais força fazia,
Mais rabinhos arrancava...
— Vai pra casa, Malasartes,
bem depressa a correr!
Acho que só tem um modo
Para os porcos socorrer.
Só cavando vai dar jeito,
Se algum jeito ainda houver.
Vê se traz dois enxadões,
Peça pra minha mulher!
Malasartes foi depressa
Para a casa da fazenda
E falou para a patroa
Que havia uma encomenda,
Muito boa, com certeza,
Que acabara de chegar,
E pediu dois mil”pacotes”
Pro patrão poder pagar.
A patroa era sabida,
Bem difícil de enganar,
Estranhando aquela história,
Resolveu assim falar:
—Meu marido é controlado,
nunca deu nada a ninguém.
Você está enganado,
Não vou dar nenhum vintém!
Apontou o Mlasartes
para o lado do patrão.
Com dois dedos como um V,
E pediu explicação:
— Meu patrão, não eram dois?
Diga logo, tenha dó.
Ou será que me enganei
E vai ver que foi um só?
A pensar nos enxadões,
O caipira se enganou.
Apontou também dois dedos
E a mentira confirmou.
A mulher se convenceu
E entregou todo o dinheiro.
Malasates pôs no bolso
E sumiu dali ligeiro...
Foi bem feito pro caipira.
Quem mandou ser desonesto?
Pois ficou sem os tais porcos
E perdeu ainda o resto!
Depois de tanta aventura,
Vai ficar esta certeza:
Quem não tem força e poder
Tem de usar a esperteza...
BANDEIRAS, Pedro. Malasaventuras. Safadezas Do Malasartes.